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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O medidor de palavras


Conta-se que um jovem , ao falecer, abriu os olhos em um belo bosque, onde se encontravam muitas almas.

Este jovem notou que estas almas esperavam por algo, e que a todo momento chegavam almas de várias partes do mundo,  e que estas falavam a mesma língua. Atemorizado este jovem, percebeu que  se encontrava em uma fila, onde pouco mais a frente subiam pequena porções almas felizes para um lugar chamado céu, e multidões de almas, desciam aos gritos de desespero, angústia e dor em um enorme abismo.

O jovem notou também a existência  de um aparelho que era constituído de pratos, muito semelhante a uma balança. Ele notou que as pessoas passavam por este aparelho, antes de serem destinadas para o "céu" ou "abismo", e que este aparelho é que acusava para onde deveriam ir.

Com muita aflição este jovem, perguntou alguém que estava do seu lado:

- Você sabe me dizer o que faz aquele aparelho? Parece uma balança, sabe me dizer porque as pessoas passam por ele e vão para lugares diferentes?

Respondendo a outra alma, disse:

Não sei ao certo mas bem que parece um medidor de caridade, parece pesar a caridade que as pessoas praticam na vida, quem praticou mais caridade vai pro céu e quem pratica menos caridade vai pro inferno.

Interrompendo a conversa, uma alma mais a frente grita "não"

Os dois olharam para ela sem nada entender:

E ela continua:

- Com certeza não pode ser um medidor de caridade.Viste aquela mulher, era rica... Muito famosa por seus bons atos de caridade, ajudava pessoas carentes, doava sangue, doava terrenos para construção de igrejas, escolas...

Os dois outros surpresos [impressionados]  falaram "é verdade, não pode ser um medidor de caridade pois  ele lançou a mulher nas profundezas, coitada ajudou tanto e ainda teve este fim."

Então o jovem percebeu que lá a frente estava um homem  que conhecia e que era muito pobre ...

[ E falou] Conheço aquele homem, ele é muito humilde e pobre. Talvez seja um medidor de pobreza, pois este homem não desfrutou de um bom emprego, uma boa casa, este homem não possuía um bom carro. Em fim não teve nada de riqueza e luxo. Deve ser um medidor de pobreza , pois eu havia lido algo sobre isto. "Que os pobres herdariam o reino do Céu"

Os outros olharam e concordaram dizendo "é você tem razão pode ser um medidor de pobreza".

Mas outra alma logo atrás disse desesperada mas eu fui rico, depois virei mendigo, depois me enriqueci novamente, não faz sentido um medidor de pobreza ou riqueza por aqui, quem nos garante que essa balança acusará corretamente aquele que de verdade foi rico ou não.

Logo após esta alma falar isso, notou-se que o homem cujo o jovem havia mencionado desceu ao abismo aos gritos de desespero

Os quatro atemorizados entre si olhavam aquele aparelho. Quando perceberam que um anjo passava por ali...

O pararam e o interrogaram: " O que é aquele aparelho? O que ele faz?

O anjo falou "Vede aquela  jovem ali a vossa  frente; note o seu rosto brilha e está radiante, sem nenhuma aflição."Depois de dizer estas palavras o anjo foi embora...

Ainda na duvida estes foram até a jovem. E imploraram, sabes o que é aquele medidor? Se sabes, por favor dize-nos.

Ela com serenidade os olhou e respondeu:

-Esse é o medidor de palavras  e ações. Ele mede tudo em nossa vida terrena. A boca fala do que o que o coração esta cheio. E  o corpo pratica o que foi gerado no coração "na mente". Então, conclui-se que as palavras são a expressão do coração de cada um. E são elas que nos condenam ou nos livram.

Em desespero uma das almas aflitas indagou. " Qual a garantia que você tem, que a balança vai pender para teu lado?

Sem medo respondeu:  - Porque pronunciei as palavras mais belas que existem e surgiram do profundo do meu coração.Elas foram sinceras, têm um peso maior que qualquer palavra torpe que, porventura em um momento de fraqueza eu tenha pronunciado. São elas: " Senhor Jesus, eu te aceito como meu salvador pessoal. Entrego-te a minha vida  de todo o meu coração, salva minha alma, Senhor, porque sou um pecador."

A jovem disse mais ainda:

"Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo;

porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado." [ Mateus 12.36,37]
Não é necessário mencionar o desfecho dessa estória, simplesmente é necessário que a levemos para o lado pessoal e meditemos. 
Que Jesus os abençoe.

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